Pontuação da Fome do Agregado Familiar

O indicador mede a escala da privação alimentar das famílias. Baseia-se numa ideia (validada) de que a experiência da privação alimentar dos agregados familiares causa reacções previsíveis que podem ser captadas através de um inquérito e pontuadas numa escala. Centra-se na dimensão quantitativa do acesso alimentar e não mede a qualidade dietética. Deve ser utilizado apenas em áreas com níveis muito elevados de insegurança alimentar.

Determinar o valor do indicador utilizando a metodologia descrita em detalhe no Guia da Escala da Fome do Agregado Familiar do projecto FANTA (guia prático e fácil de utilizar). Os principais passos envolvem:

1) Realização de entrevistas individuais com uma amostra representativa dos representantes dos seus agregados familiares-alvo, perguntando-lhes:

   > três questões de "ocorrência" que representam uma crescente gravidade da insegurança alimentar

> três questões de "frequência de ocorrência" que são colocadas para seguimento de cada questão de ocorrência para determinar a frequência com que a situação ocorreu

Estas perguntas, juntamente com todos os detalhes sobre a sua utilização, estão descritas no guia da Pontuação da Fome do Agregado Familiar (PFAF) .

2) Calcular a pontuação para cada agregado familiar através da soma das pontuações para cada questão da frequência de ocorrência, conforme descrito no guia PFAF .

3) Determinar o valor do indicador através do cálculo da mediana (não média) do valor das pontuações dos agregados familiares individuais.

Desagregar os dados por riqueza.

1) Tire o máximo partido de todas as orientações fornecidas pelo Guia da Escala da Fome do Agregado Familiar do projecto FANTA.

2) O indicador PFAF é o mais apropriado para áreas afectadas por níveis muito elevados de insegurança alimentar . O indicador EAIAF,por outro lado, pode ser utilizado tanto em áreas de baixa como alta insegurança alimentar.

3) Uma vez que  a PFAF foca na dimensão quantitativa do acesso aos alimentos e não mede a qualidade alimentar, considere também a inclusão da medição da diversidade alimentar individual no seu inquérito (tais como PDDI, DDM ou DDM-W).

4) Os dados necessários para este indicador são sensíveis a variações sazonais. Por conseguinte, se utilizar a PFAF para medir o impacto da sua intervenção, os dados têm de ser recolhidos na mesma altura do ano.

5) Não escolha perguntas da PFAF para incluir ou excluir do questionário, porque é o conjunto de perguntas PFAF em si - não a utilização de cada questão PFAF  individualmente- que foi validada como uma medida significativa da privação alimentar das famílias.

6) Como as perguntas PFAF cobrem tópicos mais sensíveis, recomenda-se que sejam colocadas no final do inquérito.

7) Segundo o guia PFAF , o indicador PFAF foi especificamente desenvolvido e validado para uso transcultural. Os seus resultados são, portanto, comparáveis entre diferentes culturas e cenários. 

8) O BHA formula o indicador de forma diferente, como "percentagem de agregados familiares com Pontuação da Fome do Agregado Familiar (PFAF) moderada e grave ".