Metodologias de Ensino Centradas no Aluno

Crianças e adultos aprendem melhor quando estão activamente envolvidos na sua aprendizagem (isto é, falam, escrevem, pensam, lêem, desenham), quando estão interessados no tópico e quando podem relacionar o novo conteúdo com algo que conhecem. Este indicador avalia até que ponto os professores das escolas apoiadas aplicam métodos de ensino centrados no aluno e envolvem activamente todos os alunos.

1) Recolher os dados através da observação em sala de aula, utilizando uma lista de verificação preparada antecipadamente e monitorizando as práticas mais relevantes dos professores, como por exemplo:

  > o/a professor/a trata cada aluno igualmente durante a aula (da frente/ de trás, forte/ fraco, velho/jovem, esquerdinos/destros, raparigas/rapazes)

  > o/a professor/a dá a todos os alunos a oportunidade de participar na aprendizagem (Todos os alunos podem falar, fazer perguntas e envolver-se em actividades da sua escolha).

  > o/a professor/a utiliza mais do que um método de ensino (palestra, modelo de professor, trabalho em grupo, trabalho independente, etc.)

  > o/a professor/a utiliza uma série de estratégias de aprendizagem activa (jogos, canções, desenhos, debates, representação de papéis, etc.)

  > o/a professor/a utiliza diferentes grupos para actividades (toda a turma, subgrupos, pares e indivíduos; pelo menos 2 por aula)

  > a lição suporta diferentes estilos e capacidades de aprendizagem (visual, auditiva, cinestésica e táctil, estudantes que terminam a diferentes velocidades)

  > o/a professor/a utiliza diferentes técnicas para fazer perguntas (perguntar a toda a turma, chamar os alunos individualmente pelo nome, fazer as perguntas em trabalho de grupo, perguntas abertas e fechadas)

>os estudantes fazem perguntas

2) Determinar na lista de controlo o número mínimo (ou tipos) de métodos de ensino que o professor precisa de executar para ser considerado como "utilizando métodos de ensino centrados no aluno e inclusivos".

3) O observador deve registar a medida em que o comportamento de cada professor/a foi observado, por exemplo, utilizando uma escala: observado - parcialmente observado - não observado. Por conseguinte, cada item da lista de verificação tem de ser preenchido, não deixando campos em branco. Além disso, exemplos específicos de cada comportamento devem ser anotados numa coluna separada da lista de controlo.

4) Para calcular o valor do indicador, dividir o número de professores que utilizam métodos de ensino centrados no aluno e inclusivos pelo número total de professores observados. Multiplicar o resultado por 100 para o converter numa percentagem.

1) Este indicador é propenso a enviesamentos significativos, uma vez que se baseia no julgamento de observadores individuais das aulas. Utilize as seguintes dicas para assegurar a consistência e validade dos resultados:

  > Validar sempre os instrumentos e critérios num novo contexto: Testar a lista de verificação em várias escolas e ajustá-la antes de se lançar numa nova área.

  > Descrever critérios standardizados para determinar as práticas dos professores observados/ não-observados e partilhá-los com os observadores.

  > Assegurar a coerência entre os observadores através da formação intensiva dos mesmos e da supervisão frequente. Utilizar a observação colectiva de aula real e/ou a observação de aula representada "role play" como parte integrante da formação de observadores.

  > Se possível, rodar os observadores através das áreas/escolas/ professores monitorizados de modo a que qualquer parcialidade dos observadores seja distribuída entre vários inquiridos e não influencie os resultados de apenas uma área/escola/ professor.

  > Ter um procedimento standardizado de observação de aula, incluindo selecção de escolas e aulas de amostra para observação, entrevista de pré-observação, observação da aula, sessão de pós-observação (fornecimento de feedback e acompanhamento individual) e utilização dos dados de observação (base de dados de observação).