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Segurança Percepcionada

FORMULAÇÃO DO INDICADOR

% da população-alvo que se sentiu segura ao aceder e usar o [especificar: dinheiro / vouchers /…]
Ver indicador em outras línguas

FORMULAÇÃO DO INDICADOR

Inglês: % da população alvo que se sentiu segura ao aceder e utilizar o [especificar: dinheiro / vouchers / ...]

French: % de la population cible qui se sent en sécurité en accédant et utilisant le [spécifiez: espèces/ bons/ …]

Portuguese: % da população-alvo que se sentiu segura quando acedia e usava o [especificar: dinheiro / voucher /…]

Czech: % příjemců pomoci, kteří se při získávání a používání [určete: hotovosti / poukázek / …] necítili v ohrožení

QUAL A SUA FINALIDADE?

O indicador avalia até que ponto a população-alvo se sente segura ao aceder e utilizar o assistência em dinheiro (AED). Estes dados podem ajudá-lo/a a garantir uma maior protecção da população-alvo e a minimizar quaisquer riscos de segurança que os destinatários da AED possam enfrentar. É essencial que os resultados sejam desagregados por género, uma vez que mulheres e homens são susceptíveis de enfrentar diferentes tipos e diferentes graus de riscos.

COMO RECOLHER E ANALISAR OS DADOS NECESSÁRIOS

Para determinar o valor do indicador, utilizar a seguinte metodologia:

 

1) Identificar um número limitado dos principais momentos em que uma pessoa que acede e utiliza a assistência em dinheiro do seu projecto pode enfrentar quaisquer problemas de segurança. Isto pode ser, por exemplo:

   - a pessoa viajar para o local onde o dinheiro / vouchers / outras formas de assistência em dinheiro (AED) são fornecidos

   - a pessoa receber a AED

   - a pessoa viajar de volta a casa com a AED

   - a pessoa manter a AED em casa

   - a pessoa ir a um vendedor/a para utilizar a AED

Ajuste as situações seleccionadas com base na sua modalidade, o ambiente local e as possíveis limitações na extensão do questionário.

 

 

2) Realizar entrevistas individuais com uma amostra representativa dos destinatários de AED (possivelmente como parte do seu MPD), perguntando-lhes o quão seguros se sentiram durante as fases acima enumeradas. Em vários casos, terá primeiro de compreender se as pessoas viajaram realmente (por exemplo, para um mercado) antes de lhes perguntar até que ponto se sentiram seguras ao viajar. O inquérito deverá ter lugar menos de um mês após a distribuição, para que as pessoas ainda se possam lembrar claramente do quão seguras se sentiram (ver comentário abaixo).

Perguntar sobre até que ponto as pessoas se sentiram seguras pode ser feito de duas maneiras diferentes:

  1. Perguntar directamente às pessoas. Por exemplo: Ao viajar para o mercado para utilizar os vouchers, diria que se sentiu muito seguro, seguro, um pouco inseguro ou extremamente inseguro? Esteja ciente de que, em alguns contextos, as pessoas podem não estar habituadas a ser questionadas com este tipo de perguntas e as suas respostas podem não representar exactamente o que realmente sentiram.
  2. Uma versão alternativa é tirar partido da escala visual fornecida no final desta página. Explique o que cada sorriso significa (sentir-se muito seguro, seguro, um pouco inseguro e extremamente inseguro) e peça ao/à respondente para apontar sempre para o sorriso que melhor representa os seus sentimentos. Por exemplo:

   - Pode mostrar-me nesta imagem o quão se sentiu seguro/a quando viajou para o local onde recebeu [especificar a modalidade]?

   - Pode mostrar-me nesta imagem o quão se sentiu seguro/a quando esteve no local onde recebeu [especificar a modalidade]?

 

Sempre que um/a inquirido/a afirmar que se sentiu um pouco inseguro ou extremamente inseguro, pergunte a razão. Além disso, pergunte sempre se houve qualquer outra situação directamente relacionada com a AED quando a pessoa se sentiu insegura.

 

 

3) Para calcular o valor do indicador, dividir o número de inquiridos que durante todos os inquéritos se sentiram muito seguros ou seguros pelo número total de inquiridos (excluir os que não se lembravam ou que não responderam). Multiplique o resultado por 100 para o converter numa percentagem.

DESAGREGADO POR

Desagregar os dados por género, faixa etária, localização e outros critérios de vulnerabilidade.

COMENTÁRIOS IMPORTANTES

1) Em alguns contextos (por exemplo, países mais conservadores), enquanto um membro do agregado familiar pode ser o destinatário da AED , a viagem ao mercado pode ser feita por um membro do agregado familiar diferente. Neste caso, poderá ser necessário entrevistar o destinatário da AED sobre a situação vivida e depois entrevistar outra pessoa (por exemplo, o marido) sobre as restantes situações (por exemplo, ir/voltar do mercado).

 

2) Se efectuar transferências / distribuições de vouchers em várias fases (ou em vários locais), não espere para fazer a monitorização pós-distribuição (MPD) até que todas as distribuições/transferências tenham terminado. Começar com a MPD imediatamente após a primeira fase / localização, ajudá-lo-á a identificar potenciais fraquezas e a resolvê-las nas restantes distribuições. Lembre-se, o mais importante é que seja capaz de agir eficazmente sobre os resultados do inquérito.

 

3) Para além da percepção de risco, considerar também a medição de incidentes de segurança reais. Um indicador a este respeito poderia ser: % dos agregados familiares beneficiários que comunicam roubo ou entrega forçada de dinheiro/vouchers distribuídos.

 

4) Se implementar uma intervenção financiada pela ECHO, considere substituir este indicador pelo seguinte Indicador-Chave de Objectivo da ECHO: % de beneficiários que informam que a assistência humanitária foi prestada de forma segura, acessível e participativa.

 

5) Em alguns contextos, os seus colectores/as poderão encontrar pessoas que sofreram violência física ou sexual relacionada com o acesso ou utilização da assistência prestada. A recolha de informações sobre tais incidentes é sensível e representa riscos para o inquirido/a, bem como para o colector/a. Além disso, as pessoas podem achar difícil ou não estar dispostas a reportar a incidência da violência. Como mínimo, adoptar as seguintes medidas:

   - assegurar que os colectores/as estão familiarizados e levam consigo a lista do "Companheiro Constante" 1) os principais DOs e DON'Ts e 2) contactos para prestadores de serviços relevantes que podem dar apoio a pessoas que sofreram violência (ver no final desta página)

   - assegurar que todos os colectores/as foram formados nos princípios da entrevista sensível ao género e não são das mesmas comunidades que os entrevistados

   - instruir os colectores/as para garantir que as entrevistas sejam realizadas num local onde não se possa ouvir ou observar o inquirido/a (se os colectores/as não puderem garantir a total privacidade, devem saltar esta parte e passar para partes menos sensíveis do questionário)

   - instruir os colectores/as para que voltem a assegurar à/ao inquirida/o a confidencialidade das suas respostas

   - formar os colectores/as para mudar rapidamente o tema se, durante a entrevista, alguém se aproximar do inquirido/a

   - formar os colectores/as em como encerrar o tema e passar à parte seguinte do seu inquérito de uma forma sensível

   - assegurar que haja apoio emocional disponível para os colectores/as

   

ACESSO A ORIENTAÇÃO ADICIONAL

Esta orientação foi preparada pela People in Need ©

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