Compreensão da Advocacia Eficaz

O indicador avalia até que ponto os membros do grupo-alvo (tais como membros das equipas de advocacia ou das equipas de organizações parceiras) compreendem os princípios e práticas-chave da concepção e implementação de iniciativas de advocacia eficazes. Indica até que ponto estas pessoas podem apoiar a implementação eficaz dos esforços de advocacia. Os dados podem também salientar a necessidade de formação (adicional) sobre tópicos específicos relacionados com a advocacia.

Determine o valor do indicador utilizando a seguinte metodologia:

1) Definir quem se espera que compreenda os princípios e práticas-chave de uma advocacia eficaz. Devem ser principalmente as pessoas que participam na concepção ou implementação das iniciativas de advocacia, incluindo as equipas de quaisquer organizações parceiras. 

2) Definir a parte essencial dos conhecimentos mais importantes relacionados com a concepção e implementação de iniciativas de advocacia eficazes que as pessoas definidas no ponto 1 devem ter.

3) Preparar um teste simples para avaliar se as pessoas têm os conhecimentos pré-definidos e mais importantes. O teste pode utilizar uma combinação dos seguintes elementos:

   - questões de avaliação dos conhecimentos das pessoas relacionadas com os princípios e práticas-chave de iniciativas de advocacia eficazes

   - cenários em que uma pessoa é convidada a descrever como responderia a uma dada situação (ou seja, onde não existem respostas pré-definidas)

    - questões a pedir às pessoas que escolham entre duas ou mais afirmações (sendo uma correcta e sendo uma ou mais incorrectas)

    - questões que avaliem até que ponto as pessoas acreditam em conceitos errados comuns relacionados com a advocacia (tanto em geral como relacionados com a integração transversal da advocacia)

Certifique-se de que inclui perguntas abertas suficientes, uma vez que - em comparação com perguntas com respostas de escolha única / múltipla - permitem-lhe compreender melhor os conhecimentos das pessoas. Se não for especialista em advocacia, envolva um perito/a relevante na preparação e avaliação do teste.

Para evitar ter requisitos irrealisticamente elevados ou desnecessariamente baixos, verificar a dificuldade do teste, pré-testando-o com várias pessoas.

4) Decidir quantos pontos serão atribuídos a cada uma das respostas correctas . Por exemplo, para uma resposta correcta a uma questão simples, pode atribuir um ponto, enquanto que para respostas correctas a perguntas/cenários mais complexos, pode atribuir dois pontos.

5) Decidir quantos pontos uma pessoa precisa de obter para ser considerada como "compreendendo os princípios e práticas-chave de uma advocacia eficaz" (por exemplo, uma pontuação de pelo menos 15 em 20).

6) Administrar o teste. Se for necessário comparar a compreensão das pessoas antes e depois de um evento de aprendizagem específico (por exemplo, uma formação), poderá ser necessário conceber dois testes comparáveis para administrar um pré e um pós-teste.

7) Contar o número de pessoas que atingiram a pontuação mínima aceitável (ver ponto 5).

8) Para calcular o valor do indicador, dividir o número de pessoas que alcançaram a pontuação mínima aceitável pelo número total de pessoas que completaram o teste. Multiplicar o resultado por 100 para o converter numa percentagem.

Desagregar os dados por posição na equipa, género e grupo etário dos participantes.

1) Tenha em mente que utilizar este indicador não é suposto ser um exercício pesado - trata-se apenas de alguém que define o que as pessoas precisam realmente de saber sobre advocacia, preparando um teste prático/exercício que verifica o seu conhecimento, e depois utiliza os seus resultados.

2) Deve partilhar os resultados do teste com os participantes, uma vez que é uma valiosa oportunidade de aprendizagem. Acompanhe esta partilha com uma discussão sobre as respostas correctas.