Auto-eficácia percepcionada

Este indicador mede até que ponto as pessoas que actualmente não praticam um determinado comportamento pensam que poderiam praticá-lo. Este indicador mede a auto-eficácia das mesmas, um dos principais determinantes do comportamento humano.

Recolher os seguintes dados através da realização de entrevistas individuais com uma amostra representativa dos membros do grupo-alvo que actualmente não praticam o comportamento. Para o fazer, terá primeiro de avaliar se um inquirido/a pratica o comportamento ou não (tire partido das orientações disponíveis nas dimensões específicas por sector do IndiKit).

QUESTÕES RECOMENDADAS PARA O QUESTIONÁRIO (Q) E POSSÍVEIS RESPOSTAS (R)

Primeiro, explique o comportamento sobre o qual pretende discutir para que o/a respondente compreenda claramente o que lhe vai perguntar. Evite fazer qualquer referência ao quão difícil ou fácil é praticar o comportamento. Em seguida, coloque a seguinte questão:

Q1: Gostaria de compreender quão confiante se sente de que poderia [especificar o comportamento; se necessário, também o período de tempo]. Pode dizer-me, por favor, se pensa que com certeza poderia, provavelmente poderia, provavelmente não poderia, ou com certeza não poderia praticá-lo?

R1: _

1) com certeza poderia

2) provavelmente poderia

3) provavelmente não poderia

4) com certeza não poderia

5) não sabe

Para calcular o valor do indicador, dividir o número de inquiridos que disseram que "com certeza poderiam" ou "provavelmente poderiam" praticar o comportamento em causa pelo número total de inquiridos. Multiplique o resultado por 100 para o converter numa percentagem.

Desagregar os dados por género, grupo etário e quaisquer outros critérios relevantes para o contexto da sua intervenção.

1) Recomenda-se que avalie porque é que algumas pessoas não se sentem confiantes em adoptar o comportamento em questão. Sempre que um inquirido/a diz que "provavelmente" ou "com certeza" não poderia praticar o comportamento, o entrevistador/a pode perguntar: "Porque sente que não pode [especificar o comportamento]?". Tais dados ajudam-no/a a compreender o que impede as pessoas de adoptarem o comportamento e garantem que a sua intervenção as ajuda a ultrapassar tais barreiras.

2) Utilizar este indicador apenas para comportamentos que as pessoas conheçam / possam imaginar. Caso contrário, não vão estar em condições de dizer o quão confiantes se sentem em relação à prática do comportamento.

3) Se precisar de medir a autoconfiança das pessoas para praticar múltiplos comportamentos, reformule o indicador para "% de [especificar o grupo-alvo] que estão confiantes na sua capacidade de adoptar os comportamentos promovidos".

4) As orientações para este indicador foram adaptadas de RBM Partnership (2017) Malaria Social and Behavior Change Communication Indicator Reference Guide (Mudança Social e de Comportamento face à Malária - Guia de Referência de Indicadores) .